Archive for dezembro, 2010

Oportunidades de capacitação e financiamento

dezembro 30th, 2010    Posted in Sem categoria
 

O Talent Campus Buenos Aires chega a sua sexta edição convidando novos profissionais do cinema e da TV para participarem de um workshop intensivo em abril de 2011. As inscrições vão até fevereiro.

Já a Finep continua a apoiar o audiovisual através de linhas de ação que contemplam diferentes atividades da cadeia produtiva do setor: produção de longa-metragem (linha A, R$ 34 milhões), produção de obras para televisão (linha B, R$ 20 milhões), aquisição de direitos de distribuição de longa-metragem (linha C, R$ 25 milhões) e comercialização de longa-metragem (linha D, R$ 5 milhões). As inscrições também se encerram em fevereiro.

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Documentários de natureza – parte 2

dezembro 27th, 2010    Posted in Sem categoria
 

O trabalho de Arne Sucksdorff influenciou vários cineastas e naturalistas que passaram a ver no documentário sobre a vida selvagem uma forma de divulgar seus conhecimentos e conscientizar o público a respeito da preservação dos recursos naturais do mundo.

Mas o que Walt Disney viu neste tipo de filme foi um grande potencial de entretenimento. Criou uma série de grande sucesso chamada True-Life Adventures, onde a dramatização da vida animal era ponto chave de seus filmes. Seal Island (1948), Beaver Valley (1950), The Living Desert (1953) e White Wilderness (1957) foram os mais bem sucedidos junto ao público, embora Disney recebesse muitas críticas de teóricos e naturalistas por dar a vida selvagem um caráter totalmente antropomórfico. Sua montagem e o uso excessivo de música indicava uma tendência a mostrar os animais como seres que possuíam hábitos humanos, porém pouco desenvolvidos.
Com uma visão bem diferente daquela de Disney, assumindo um método mais científico, sem deixar de lado a excitação da exploração, estava Jacques-Yves Cousteau. Quando oficial da marinha, ele estudou fotografia subaquática, dedicando-se mais tarde à exploração da vida marítima e à trabalhos arqueológicos de ruínas e navios afundados. Após a segunda Grande Guerra, alcançou sucesso mundial com os filmes The Silent World (Le Monde du Silence, 1956), World Without Sun (Le Monde Sans Soleil, 1964) e, posteriormente, com suas próprias séries na televisão.

Maravilhados com os novos cenários da vida subaquática e terrestre, cineastas da ficção até se aventuraram pelos caminhos do documentário dramático, como Jean-Jacques Annaud e Luc Besson. Annaud filmou o célebre “O Urso” (The Bear, 1984) que dramatiza a vida deste animal, desde seu nascimento até a sua morte por caçadores. Porém, quando Annaud se dirigiu para as florestas do norte do Canadá, ele já tinha o roteiro do filme pronto, bastando filmar as cenas com o urso (que realmente era selvagem) para completar o seu filme.

A experiência de Luc Besson foi diferente. Aproveitando o sucesso do seu filme de ficção “Imensidão Azul” (The Big Blue, 1986), sobre a história de um mergulhador, Besson passou quatro anos filmando o que viria a ser seu único documentário: Atlantis (1991). Tendo referências do modo expositivo, pela montagem ritmada e pelo constante uso de música, e do observacional, pela não intervenção e pela ausência de qualquer texto, locução ou diálogo, Atlantis se resume a simples observação dos mais variados tipos de peixes e seres marinhos, lembrando um vídeo-clip em longa-metragem. Besson faz uso do drama ao separar o filme em blocos imperceptíveis, como movimento, cor, sexo, voracidade e beleza. Nunca julgando a natureza, apenas compreendendo seu ciclo.

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Renovação nos documentários de natureza – parte 1

dezembro 24th, 2010    Posted in Sem categoria
 

Existem filmes que, podendo ver no cinema, constituem uma experiência eufórica. Sou um tanto quanto suspeito quando o tema são documentários sobre a diversidade natural que brotou neste canto do universo. Mas confesso que na última década esse gênero apontou suas câmeras mais para a narrativa de denúncias, sobretudo na urgente questão climática (Uma Verdade Inconveniente, A Última Hora e Home), do que para as belas imagens que o nosso planeta nos traz.

Estes dois sub-gêneros dos docs de natureza se reencontram em Oceanos, dirigido pelos franceses Jacques Perrin e Jacques Cluzaud. Apesar de não abordar diretamente o clima, o homem aparece em momentos certos para dar o recado entre sequências muito bem editadas e sonorizadas. Uma imersão completa!

Mas para chegar aqui, foi um longo e curioso caminho.

Durante a 2º Guerra Mundial, muitos dos países envolvidos produziram filmes e documentários de propaganda política visando a manipulação da opinião pública sobre as notícias dos conflitos e da vida dos diversos jovens que defendiam o seu país. Nesse contexto, a Suécia, circundada pela guerra, mantinha uma posição de neutralidade. As autoridades vigiavam rigorosamente os filmes produzidos, evitando qualquer sinal que pudesse indicar alguma afinidade ideológica para com um dos lados que lutavam na guerra. Precisava-se de um tema igualmente neutro.

Foi quando Arne Sucksdorff, um sueco de vinte e três anos, fez sua estréia no cinema com dois curtas-metragens que ele chamava de “hino ao verão sueco”: August Rhapsody (Augustirapsodi, 1940) e This Land is Full of Life (Din Tillvaros Land, 1941). Eram filmes que mostravam a beleza da natureza e fatos curiosos sobre ela, um perfeito tema para tempos de guerra.

A partir daí, Sucksdorff foi patrocinado pela Indústria de Filmes da Suécia (Svensk Filmindustri) e produziu várias séries de curtas exaltando os recursos naturais suecos, a vida selvagem e a relação do homem com o meio-ambiente. Posteriormente, passou para o longa-metragem. Após a guerra, seus filmes fizeram grande sucesso em todo o mundo.

Sucksdorff teve a infância e a adolescência muito ligadas à natureza. Ao mesmo tempo em que se interessava pelo estudo das ciências naturais, tinha um forte senso artístico. Ao ganhar um concurso em Estocolmo com fotos que tirou durante uma viagem à Itália, Sucksdorff passou a dedicar-se à fotografia e, logo depois, ao cinema.

Seu primeiro filme pela Svensk Filmindustri foi um tremendo sucesso de público e crítica. A Summer’s Tale (En Sommarsaga, 1941) contava a história de uma raposa, com suas aventuras e dramas. Possui momentos de entretenimento, mas também de crueldade, vista de uma forma imparcial e sem julgamento, como em todos os seus filmes. Elementos dramáticos e uma montagem bem ritmada eram usados juntos com cenas de rara beleza, como a textura das árvores e das folhas em conjunto com os raios do Sol, além de closes dos olhos dos animais, de seus pêlos e movimentos.

Apesar de ter um tema neutro à guerra, nem sempre os filmes de Sucksdorff estiveram livres da desconfiança dos militares. O filme Gull! (Trut!, 1944), no qual há uma cena onde uma gaivota rouba os ovos de um ninho vizinho ao seu para alimentar-se, foi amplamente interpretado como uma metáfora ao nazismo. Sucksdorff negou a intenção, embora não protestasse contra a interpretação. “Um filme que não está aberto à interpretação, é um filme morto.”

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TRON

dezembro 13th, 2010    Posted in Sem categoria
 

tron

Críticas de cinema sempre dividem opiniões. Apesar de não resistir e acabar lendo todas, sei que devo assistir aos filmes que me interessam e julgar por mim mesmo. E falar mal do filme para amigos ou recomendá-lo para estiver por perto. Sempre fui entusiasta da divulgação espontânea, aconselhando a todos a repetir experiências que gostei ter vivido. Para muitos, sou um chato de péssimo gosto.

Fui conferir a pré-estreia de Tron – Legacy e posso escrever aqui algumas palavras sobre o filme. Mas evitarei os clichês dos críticos. Vou dividir minhas impressões em dois pequenos textos: “Por que ver?” E “Por que é ruim?”

Por que ver?

O visual é realmente muito bonito. O 3D é bem usado, sem ser cansativo. Sempre percebemos uma profundidade nos quadros, sem que objetos fiquem voando em sua direção.

O filme é praticamente todo feito em computação gráfica, mas o melhor efeito está no rejuvenescimento do Jeff Bridges. É possível ver o ator em 3 papéis, sendo dois deles com uma aparência de dar inveja em cirurgiões plásticos. O ator, que protagonizou o Tron original em 1989, aparece velho e novo neste legado, sempre com uma boa atuação.

Algumas músicas da década de 80 saem das máquinas empoeiradas de fliperama. Não chega a ser um ponto alto, mas agrada quem já passou dos 30. Aliás, a trilha original também não é ruim, a cargo do Daft Punk e claramente inspirada nas que Hans Zimmer anda fazendo para Christopher Nolan (o estresse ouvido em Batman, Cavaleiro das Trevas e as “vuvuzelas” de A Origem estão lá). Em alguns momentos a música lembra também a que faz John Carpenter para os filmes que dirige, totalmente década de 80 com ares modernosos. Particularmente gosto muito dessa linha (ver Fuga de NY e Os Aventureiros do Bairro Proibido).

Por que é ruim?

Lembra de quando os filmes com pretensões de nos fazer pensar realmente nos faziam pensar? Quando o filme Matrix foi lançado em 1999, a internet ainda era um bebê, mas já pipocava uma série de debates sobre as mensagens escondidas no roteiro dos irmãos Wachowski. Bastava uma criança careca no filme dizer “Não existe a colher…” para começarem as pesquisas sobre a filosofia budista e sobre os livros apócrifos da bíblia. Tron não filosofa. Joga o papo sem rodeios e tenta explicar o inexplicável, sempre com ares de “grande revelação para a humanidade”. Acho que chegam a usar essa frase no filme…

A cabine de imprensa foi as 10h30 da manhã. O fato é que existe uma “barriga” no filme e não sei se o horário ajudou, mas eu bocejei lá pelos 50 minutos. Isso não pode ser bom.

Todas as incoerências de roteiro são esquecidas quando vemos muitas cenas de ação. Não é o que acontece no filme. A fantástica sequência do combate entre as motos na tão aguardada “grade” é filha única. Tentam com aviões, mas não funciona da mesma forma.

 Tron Legacy – Trailer Oficial (2010)

Enfim, se eu acho que o filme deve ser visto? Claro que sim. Veja todos que puder. Recomende os que gostar e fale mal dos que te decepcionarem. Mas, saiba que a fama de chato e de ter mal gosto é um risco que se corre.

Marcio

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Projetos selecionados para o Coaching do FITV 2010

dezembro 8th, 2010    Posted in Sem categoria
 

Dentro do Festival Internacional de Televisão 2010, a Guaraná, em parceria com o cineasta Victor Lopes, irá oferecer o Workshop Coaching de Projetos para o Mercado.

Durante o workshop, os coaches dedicarão 30 minutos para cada um dos projetos, onde buscarão, juntos com os produtores, construir uma apresentação eficaz para quem quer participar de pitchings e editais no mercado audiovisual. O Workshop Coaching de Projetos para o Mercado será realizado no dia 11 de dezembro de 2010.

Confira os dez projetos foram selecionados para participar do workshop:

CWB, Fernando Coelho

Flock e Roxy, Ricardo Romin

Viajante, Letícia Torgo

Casa das Polacas, Marcio Guimarães

Amor.com, Maria Angélica M. Coutinho

Farm 40°, Caesar Moura

Passo e Amasso, Bruno Laet e Janaí­na Guerra

Até que a Morte nos Separe, Valéria de Oliveira Garcia

Bikespiões, Daniel Berlinsky, Ricardo Conti

Coreografia Vertical, Lúcia Novaes

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Novos hábitos midiáticos

dezembro 6th, 2010    Posted in Sem categoria
 

Interessante essa lista com os hábitos de consumo de mídia. Enquanto as nações desenvolvidas estão se fragmentando, os países em desenvolvimento experimentam o boom na economia e também na mídia, aponta o AdAge em artigo que traz as 10 tendências que estão moldando o consumo de mídia no mundo, tanto nos mercados tradicionais quanto nos emergentes. O Brasil teve destaque na pesquisa, assim como os BRICS, como mercados com alto consumo de vídeos online em paralelo com décadas de grande consumo de TV.

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Endemol fará série de TV unida à rede social

dezembro 3rd, 2010    Posted in Sem categoria
 

Pensando bem, até que estava demorando. A Endemol anunciou uma parceria com a Foursquare, a rede social que mostra sugestões de locais a descobrir nas proximidades, para uma série de TV que use os logins enquanto pessoas participam de tarefas na cidade. Uma boa forma de manter o espectador logado e ligado dentro ou fora de casa.

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